quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A PSICOFODA CHAMADA “FACE OCULTA”

Os ardinas não se cansam de bradar ao mundo – e ao céu também – que mais um caso de corrupção foi encontrado em Portugal.
No instante seguinte segue-se o contraditório, o corropio de agencias e agentes pseudo-preocupados com o problema em epígrafe.
A acusação é feita nos media, o contraditório idem aspas.
Os arguidos, para surpresa do povo, consideram-se publicamente inocentes.
O blá blá blá de sempre.
Depois seguem-se as mesmas manobras de sempre: o PGR oferece explicações minguadas e clama por mais legislação; o Governo desloca a luta para a conspiração; o Presidente do STJ confere despachos ilegais; o PR convoca os instituintes do momento.
E o Povo, coitado sempre o povo, é quem os atura e custeia as demandas.
A lavagem ao cérebro decorre de seguida, uns os acusados e seus amigos ou subditos esgrimem os argumentos de inocencia, outros calam-se esperando não ver o dia em que também eles irão ser acusados. Sim, acusados pois a corrupção em Portugal está irremediavelmente generalizada.
Minto, há um sítio onde seguramente ainda não existe corrupção: ONDE AINDA NÃO FOI DESCOBERTA.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quem venceu as eleições?

Num país em que não existe o direito ao contraditório - onde o soberano não é o povo, antes a máfia institucionalizada no sistema e subsistemas do regime; onde os velhos morrem por falta de assistência; onde os jovens não têm futuro, num país de macrocéfalos, vigaristas e ladrões -, insisto quem venceu as eleições?

Julgo poder eleger dois vencedores autenticados: O STATUS QUO vigente (da podridão) e a ABSTENÇÃO.

Três décadas após o Povo ter saído à rua, em festa, comemorando a liberdade, encolhe-se sob o peso da vergonha sentida por festejar a efeméride da maledicência. Segundo o sufrágio foram – legitimamente - eleitos 60% do séquito de deputados da AR.
Presumindo que na abertura dos trabalhos parlamentares irão aparecer 230 o Povo pergunta quem “elegeu” os restantes 90?
Na verdade só 140 foram eleitos e sufragados democraticamente, os restantes foram-no de forma habilidosa e puramente administrativa.
E é aqui que reside um dos poderes do regime: se a AR, em vez dos 230 deputados (numero correspondente aos 100% de votantes), apenas comportasse os 140 eleitos e os restantes 90 fossem “bonecos de cera”, então estes (os 140) iriam fazer politicas de seriedade no intuito de expulsar os colegas de cera; ora como isso não acontece, isto é como de facto 90 deputados são “falsos”, são de cera, embora pareçam ter ossatura revestida com carne, então logo tentam misturar-se com os verdadeiros para de forma cúmplice se esquecerem o dever principal para o qual foram eleitos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"TUA", CONCLUSÃO

Há uns tempos atrás, na lnha do tua, um comboio descarrilou.
Hoje os portugueses recebem a conclusão apresentada pelos "inquisidores" do regime: NÃO HÁ CULPADOS.

O mesmo de sempre, os culpados esvaem-se pelo ralo da Mentira Institucionalizada e que se transformou este naco de terra ex-lusitana.

E, para homenagear, esta inclita decisão vou recorrer a um dos Nossos Maiores da literatura: o Bocage e especificamente ao seu poema sobre a "Água".

"A Água"

Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.


Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da raspa
tira o cheiro a bacalhau rasca
que bebe o homem, que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.


Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho


Meus senhores aqui está a água
que rega rosas e manjericos
que lava o bidé, que lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber ás fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.

RECONDUÇÃO DO DURÃO

Hoje, não podia deixar escoar o dia sem comentar as duas "grandes noviades noticiosas" do dia: a re-eleição do Durão e a conclusão do MP sobre o "acidente" da linha do Tua.

Para homenagear a vitória do Durão, uma figura bizarra que Abril pariu e que os portugueses têm de papar, vou recorrer ao inclito poema do dignissimo Alberto Pimenta: o pequeno filho da puta.

Ajusta-se à circunstância e à pessoa. Um tipo sinistro este Durão, um fugitivo e desertor, um mentiroso compulsivo (lembram-se deele ter afirmado no Parlamento Português que vira com os seus olhos as fotos que comprovavam a existência de armas de destruição maçiva no Iraque?), sim é a mesma pessoa que hoje foi "abençoada" pelo Sócrates (outro Bilderberg), tendo este dito que a sua vitória é um prestigio para Portugal?
Fiquei apensar comigo Portugal prestigiado porquem e como? Por ser o campeão da corrupção? Por ser a terra da Mentira Institucionalizada? Por ser a terra onde não existe contraditório (os portugueses têm a "liberdade" de ver todos os dias à mesma hora, as mesmas pessoas a falar sobre os mesmos assuntos!)

Prestigio, sim prestigio: o de um País onde um primeiro ministro foi assassinado e isso não deu lugar a julgamento?

Ó Alberto Desculpa o abuso mas vou socorrer-me de ti para homenagear o Nosso Durão: um dos mais inclitos Bilderbergs da Lusitânia:



O pequeno filho-da-puta é sempre um pequeno filho-da-puta;
mas não há filho-da-puta, por pequeno que seja, que não tenha a sua própria grandeza,
diz o pequeno filho-da-puta.
No entanto, há filhos-da-puta que nascem grandes e filhos-da-puta que nascem equenos,
diz o pequeno filho-da-puta.
De resto, os filhos-da-puta não se medem aos palmos, diz ainda
o pequeno filho-da-puta.

O pequeno filho-da-puta tem uma pequena visão das coisas e mostra em tudo quanto faz
e diz que é mesmo o pequeno filho-da-puta.

No entanto, o pequeno filho-da-puta tem orgulho em ser o pequeno filho-da-puta.

Todos os grandes filhos-da-puta são reproduções em ponto grande do pequeno filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta.

Dentro do pequeno filho-da-puta estão em ideia todos os grandes filhos-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
Tudo o que é mau para o pequeno é mau para o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.

O pequeno filho-da-puta foi concebido pelo pequeno senhor à sua imagem e semelhança,
diz o pequeno filho-da-puta.

É o pequenofilho-da-puta que dá ao grande tudo aquilo de que ele precisa para ser o grande filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta.

De resto, o pequeno filho-da-puta vê com bons olhos o engrandecimento do grande filho-da-puta: o pequeno filho-da-puta o pequeno senhor Sujeito Serviçal Simples Sobejo. Ou seja, o pequeno filho-da-puta.

II
O grande filho-da-puta também em certos casos começa por ser um pequeno filho-da-puta, e não há filho-da-puta, por pequeno que seja, que não possa vir a ser um grande filho-da-puta, diz o grande filho-da-puta.

No entanto, há filhos-da-puta que já nascem grandes e filhos-da-puta que nascem pequenos, diz o grande filho-da-puta.

De resto, os filhos-da-puta não se medem aos palmos, diz ainda o grande filho-da-puta.

O grande filho-da-puta tem uma grande visão das coisas e mostra em tudo quanto faz
e diz que é mesmo o grande filho-da-puta.

Por isso o grande filho-da-puta tem orgulho em ser o grande filho-da-puta.

Todos os pequenos filhos-da-puta são reproduções em ponto pequeno do grande filho-da-puta, diz o grande filho-da-puta.

Dentro do grande filho-da-puta estão em ideia todos os pequenos filhos-da-puta, diz o
grande filho-da-puta.

Tudo o que é bom para o grande não pode deixar de ser igualmente bom para os pequenos filhos-da-puta, diz o grande filho-da-puta.

O grande filho-da-puta foi concebido pelo grande senhor à sua imagem e semelhança,
diz o grande filho-da-puta.

É o grande filho-da-puta que dá ao pequeno tudo aquilo de que ele precisa para ser
o pequeno filho-da-puta, diz o grande filho-da-puta.

De resto, o grande filho-da-puta vê com bons olhos a multiplicação do pequeno filho-da-puta: o grande filho-da-puta, o grande senhor, Santo e Senha Símbolo Supremo
ou seja, o grande filho-da-puta.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Casino da Póvoa de Varzim Nega Livro de Reclamações a Clientes do Restaurante

Pois... é exactamente isso. Há dias reservei uma mesa para jantar no restaurante do casino. Era o aniversário dum familiar e às vezes também me dá pra ser "in"... Não, nem sequer é muito caro, eu considero acessível mesmo. Já tinha lá ido uma vez e gostado.
Mas desta vez um funcionário zeloso, logo à entrada do casino, pincundou que o meu rapaz não era de maior idade, apesar de o mesmo ter 19 anos e 1.80m de altura. Curiosamente de mim não duvidou, não sei porquê...
E não é que o rapaz se esqueceu do BI em casa?!... Nada a fazer... seguiram-se rogos e preces, mesmo lamentações, mas nada, não havia hipótese, os funcionários eram tão "sérios" que nem numa declaração de compromisso de honra de toda a família afirmando, ajuramentados, que declaravam conhecer o rapazote e ter ele já votado em referendo os convenceria...
Para a peleja argumentaram armas diversas, desde um regulamento postado à entrada declarando a impossibilidade de menores de 18 anos poderem aceder à Sala de Jogo até ao arrojo semântico de afirmarem que Tudo era Sala de Jogo naquele espaço belzebiano, incluindo o restaurante, as casas de banho, os corredores, tudo! Claro que não apresentaram nenhum documento definindo essa abrangência de significado, antes objectivando uma tacanhez mental maior que a das galinhas da minha mãe, sobretudo as carecas...
Chateados, lixados mesmo, com os ácidos e enzimas digestivos desnorteados, confusos... não tive outro remédio senão pedir o Livro de Reclamações para postar (para a posteridade) hinos e loas a tão ilustre demonstração de rigidez lusitana.
...
Ficamos esperando pelo livro mais cerca de 20 minutos... Deve ser pesado pensei. Talvez esteja ornado a ouro, metido em algum cofre, com acesso ralo e meticuloso... hum... esperando.
Finalmente apareceram... mas sem o livro. Afinal tinham descoberto que Não Havia Livro de Reclamações!
E a coisa continuou assim. Primeiro havia, depois não havia, e por fim, imaginem, não havia nem precisava de haver!... Sim... defendiam a pés juntos que não havia nem tinha de haver porque (justificavam) a autoridade fiscalizadora estava lá dentro (...).
Confesso que não engoli, nem engulo essa, de a autoridade estar lá dentro, e nem vou dizer aqui neste blog o que penso dessa salada, dessa dimensão promíscua. Também tenho a minha quantia de pudicidade...
Falei entretanto com essa autoridade, não fosse ser acusado de fugir ao diálogo, que me tentou confundir com conceitos diversos, nomeadamente do que é ser público e privado e que me assegurou que de facto não era preciso ter livro de reclamações por dois motivos: porque um casino não precisa de ter... e porque estava lá ele que servia de livro de reclamações (...)... Ainda lhe perguntei se ele estava em quadruplicado, se eu ficava com uma cópia, outra ia para o ministério da administração, etc... mas não havia mais nada a fazer naquele antro demoníaco.
Perante a negação do livro de reclamação solicitei a intervenção da PSP que tomou conta da ocorrência.
Falta dizer-vos que, contrariando tudo aquilo que os funcionários dizem, e sobretudo a "autoridade" lá presente, à entrada do Casino da Póvoa de Varzim, do lado esquerdo, está afixado o Aviso modelo A4, encaixilhado, com o logotipo apropriado, dizendo " este estabelecimento tem Livro de Reclamações". Ou seja, o Casino da Póvoa de Varzim, duma maneira ou de outra, MENTE acerca do Livro de Reclamações.
Acautelem-se!... e dirijo-me essencialmente a quem pretender recorrer ao mesmo para outros assuntos mais interessantes e mais nobres (do que jogar ao azar), como seja simplesmente jantar.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

APÓS A NEGLIGÊNCIA DEMOCRÁTICA, EIS O INSULTO DESPOTA: O POVO JÁ ESTÁ HABITUADO, POIS CLARO!

Recentemente todos os escaparates e ardinas deste país correram a anunciar ao édito a notícia de mais uma tragédia à portuguesa: o "assassínio" de uma família numa praia portuguesa

Neste País, dito democrático, onde tudo anda ao Deus dará, onde o forrobodó é a regra, onde a impunidade é a marca e a irresponsabilidade o protocolo institucional assegurado, tudo pode acontecer!

O povo, o Zé Ninguém, aquele a quem a norma-mãe apelida de Soberano (sem que ninguém saiba o que isso significa) uma vez mais está a ser arrolado para partilhar a mentira e tolerar a irresponsabilidade.

O mesmo povo que já viu "crime" de Camarate esvair-se pelo ralo da impunidade, o mesmo povo que viu a "negligência" da ponte de Entre-os-Riods esvair-se pela ralo da impunidade, prepara-se agora para ver "mais do mesmo", incluindo o falatório panfletário.

O Ministério Público - que eu sinceramente não sei o que é, nem vejo qualquer utilidade prática na sua existência - acaba de ANUNCIAR a instauração de mais um inquérito-crime ao "incidente" da praia.

A primeira palavra é de condolência e é dirigida aos familiares e amigos das vitimas.

A segunda é para "acusar" esta (mais uma manobra negligente, com fins dissimulatórios) do MP. Anunciar a abertura de um inquérito-crime para quê? Já sabemos qual vai ser o resultado? E mais sabendo o povo, como sabe, que neste país as instituições e os instituintes logram entre si cumplicidades para agirem em concerto, não sería razoável, na salvaguarda da verdade, falar nada e agir tudo? O anuncio da abertura do inquérito-crime (alegadamente atirado para dissimular os entalhes de consciência do povo ofendido) chega aos ouvidos dos eventuais implicados que sem perda de tempo tratarão de antecipar a "defesa", dissimulrar a "culpa", detruir "provas", etecétera.

Se desta curta análise me fosse autorizado retirar uma conclusão, e até porque estamos em maré de revisão contitucional, eu diria e propunha a extinção do MP.
O fecho do MP desencadearoia uma enorme poupança ao erário publico e um aumento do bem-estar e do estado de espirito colectivo.

O ajuste de um protocolo com uma qualquer agência de investigação criminal estrangeira seria uma solução razoável, pois pior é impossível.

o MP em Portugal está metamorfoseado num sinédrio judicial, numa plataforma ludica, num parlatório, num parque de diversões.

Alguém com autoridade e competência faça alto à gonorreia institucional, purge a nação, ataque a doença, limpe os dejectos e cesse de autorizar o jogo do Gato e do rato com o povo português por razões e coisas sérias, ou que sérias deveriam ser.

Por Portugal

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A Rapidez do Regime

Todos já estamos habituados à lentidão... às filas (ou bichas)... à espera exasperante de qualquer coisa a que temos direito e pelo qual pagamos impostos, cumprimos deveres, mesmo forçados. É à espera das consultas, à espera das colocações na universidade, à espera de emprego, à espera de mais alguma dignidade, no emprego e na vida.
Tudo é depressiva e nervosamente lento em Portugal...salvo a construção de estádios de futebol.
É enorme a lentidão com que o regime cumpre o dever de respeito pelos animais, apesar de signatário da Carta dos Direitos dos Animais, é flagrante a rapidez com que se afasta do cumprimento da Constituição da República e é enorme a rapidez com que os políticos inventam desculpas e enganam o Povo...
Penso que em Portugal a coisa mais rápida deve ser o resultado das eleições para os poleiros políticos. É impressionante... Fecham as urnas de voto e, passadas poucas horas, às vezes minutos, já se sabe quem são os parasitas (os vampiros) que vão para a assembleia, presidência ou afins.
Ei-los imediatamente a fazer discursos... as pancadinhas nas costas... os festejos de arena... e toda aquela promiscuidade e falta de vergonha de cujo enjoo e nojo nem o sumo de limão concentrado nos alivia. Vai repetir-se em breve.